terça-feira, 16 de julho de 2013

Ferramentas pouco ortodoxas

Hoje em dia o mercado da jardinagem oferece-nos um vastíssimo leque de opções para metermos mão à obra no jardim. Seja para preparar a terra, plantar, sachar, podar, regar, ou para proteção individual, seja qual for a tarefa, existirá sempre uma grande oferta de ferramentas, das mais brilhantes, às mais coloridas, dos materiais mais nobres até às ferramentas mais baratas.

Por muitas vezes tenho parado em frente a uma prateleira de ferramentas de jardim, seja num horto, numa grande superfície da especialidade ou até num hipermercado. Primeiro quase que fico hipnotizado, pego nas ferramentas, gosto de as acariciar e sentir na mão, comparo os preços, mas rapidamente as volto a colocar no sítio e faço sempre a mesma pergunta: - "mas tu vais precisar mesmo disso"? 

Não nego que algumas daquelas ferramentas darão algum jeito, mas eu sou um consumidor difícil, e a este respeito nem se trata de as ferramentas serem caríssimas e depois não as utilizar, pois estamos a falar de pequenos valores. Tem mais a ver com o facto de comprar por impulso, para depois acabar por não lhe dar grande uso e ser mais uma ferramenta que se comprou para ter e ficar a ocupar espaço. 
É como nos saldos, não é por a roupa estar a metade do preço que vou trazer um camião de roupa que nunca vou vestir certo?! Já tinha dito que era um consumidor difícil? 

Mas quais as ferramentas que eu uso? É quase embaraço ou patético admito, mas entre algumas das  ferramentas que mais uso no jardim encontram-se, um martelo de calceiro, uma chave de bocas,  uma faca de cozinha velha e uma velha tesoura de costura!


1. O martelo de calceteiro. 
Esta ferramenta era do meu avô paterno (que não conheci) que depois ficou com o meu pai, e está agora na minha posse. Serve-me para cavar, plantar, o que for preciso, mas inclusive já assentei paralelos no jardim com ele, cumprindo assim no fundo a sua verdadeira função! 
2. Faca velha de cozinha.
Está sempre por perto, dá-me sempre jeito!
3. Chave de fendas que se transformou em utensílio para arrancar ervas! E de tanto uso que teve em vez de uma ponta espalmada está que parece um punção!
4. Tesoura velha, que antigamente foi usada na costura pela minha mãe
5. Tesoura da poda.
Velha tesoura da poda que também era do meu pai, e de tanto uso precisou levar o parafuso central e que numa loja da especialidade não tiveram problemas em cobrar-me 4€ pelo parafuso com a quadra. Bem o parafuso era dourado - seria de ouro? É verdade que visitei várias lojas de ferragens e nenhuma tinha! mas quer dizer, com 4€ já se compra uma nova assim das mais foleiras! Mas pronto, prolonguei o uso de mais uma ferramenta que tem o seu valor sentimental para mim e isso também não tem preço. 
6. Tesoura corta-relva
Uso-a tanto para aparar relva em sítios de difícil acesso como aparar as sebes
7. "Arrancador de inço"
Esta ferramenta comprei-a há uns dias! Milagre! Estava num hipermercado e passei os olhos, peguei nela e como há semanas andei a plantar relva (gramínea) achei que me iria dar bastante jeito para arrancar as daninhas que rapidamente nascem quando se revolve a terra. Custou 2€ e uns cêntimos, mas fiquei satisfeito. Foi uma boa compra, saiu melhor do que pensava!

Estas são as ferramentas mais usadas para a maioria dos trabalhos que faço, e que diga-se têm servido perfeitamente. Como mero aprendiz, estou em crer que, apesar de tudo, a ferramenta mais importante do jardineiro serão mesmo as suas mãos. 

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