quinta-feira, 30 de junho de 2016

Parque da Pasteleira


Há um local, na cidade do Porto, rodeado de grandes urbanizações, onde se podem ver grandes pinheiros, grandes conjuntos de sobreiros sem que lhes tenham tirado a casca, e muitas outras árvores e arbustos. Um local onde se pode ouvir o canto dos pássaros e ver os melros, gaios e as pegas e até passar ao lado de corvos, mas onde se podem ver também as galinhas e os galos, os patos, as cegonhas e os pombos.



É um local onde se pode caminhar, fazer desporto, andar de bicicleta, pois tem uma ciclovia e tudo, descansar, sentar num banco de jardim confortável para ler um livro ou namorar, ou simplesmente contemplar, ou até merendar numa das muitas mesas que tem para o efeito. 

"Este também vou Bucolicolar" pensava quando o visitava, mais uma vez por estes dias.

O Parque da Pasteleira é de fruição livre e gratuita e fica a dois passos de Serralves, a algumas centenas de metros do Jardim Botânico e a algumas centenas de metros do rio, do Jardim do Passeio Alegre e da Ponte da Arrábida. Tem várias entradas, vários pontos para deixar o carro se for o caso, e bons acessos de transportes públicos. 



O parque, com os seus cerca de 7 hectares, alberga hoje o que resta dos outrora pinhais da Pasteleira e da Foz. Tem também um lago onde se ouve o som da água a cair e que é habitat de alguns patos e gaivotas que por lá andam. E a ciclovia liga o Parque da Cidade em cerca de 2 ou 3Km que fica junto ao mar.

Há sítios na cidade onde se pode ter uma pequena amostra do que é estar na natureza, e no entanto esse espaços estão quase às moscas, e essa é a impressão que tenho, pois sempre que lá vou, e já lá passei muitas vezes, sozinho ou acompanhado, ou simplesmente de passagem, na bicicleta, atravessando a ciclovia. e quase não se vê ninguém, tirando uma ou outra pessoa que anda a passear o cão, ou uma ou outra pessoa mais velha que vai deitar restos de pão às aves.

Mas para quem não conhece, venham comigo que faço-vos uma visita guiada. Mas antes de mais, situem-se primeiro, olhem primeiro para o mapa que se distribuiu na cidade, e onde estão identificados também os percursos cicláveis:





Entrando pela entrada poente juntos aos SMAS, a entrada mais nobre, vamos encontrar a antiga estação elevatória de águas, recentemente pintada pois estava com a pintura bastante degrada e com muitos vestígios de vandalismo, de onde sai um arruamento com bancos de jardim, que rasga seis grande canteiros retangulares. Do lado esquerdo da estação pintada de amarelo, temos um conjunto de antigas estruturas industriais de antigas condutas. 














Contornando a parede verde de árvores que protege este espaço, chegamos ao amplo relvado verde, espaço de lazer onde se pode jogar à bola ou fazer outro desporto qualquer.




Todo este recinto é circulado por um lado dos lados por um passeio asfaltado e por outro pela ciclovia partilhada com peões,vias que atravessam todo o parque.




E logo chegamos ao lago, e uma estrutura coberta com glicínias, feito certamente para se ter ali um café onde se possa petiscar qualquer coisa, mas na verdade, desde que lá vou que não me lembro de nenhum negócio a funcionar.






Um dos elementos mais campestres que por ali podemos encontrar são as muitas galinhas que por ali andam, num área definida, abrigadas do arvoredo, e remexerem a terra à procura de bichos.





O parque é cortado, mais ou menos a meio pela rua Afonso de Paiva, e para ligar os dois lados, mais altos, foram construídas duas pontes em madeira. Uma plana, por onde passa a ciclovia, e outra, que é atravessada por degraus. 






E é depois de atravessarmos uma das pontes, vindos do lago, que encontramos o pinhal e muitos sobreiros e outros arbustos como medronheiros e pequenos montes de matos. 









A zona de lazer com mesas:




Um pequeno monumento, uma pedra, que em pesquisa pela blogosfera descobri que é em homenagem ao Núcleo de Defesa do Meio Ambiente de Lordelo do Ouro – Grupo Ecológico, a quem se deveu a luta em defesa do que restava dos pinhais da Pasteleira/Foz e da ribeira da Granja. Se hoje há parque da Pasteleira a eles se deve. Ainda assim, quem ali chega, são tantas as letras que faltam na pedra, que não se percebe muito bem quem o monumento pretende homenagear. Um corvo também por ali apareceu e posou para as fotografias.




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