Ainda hoje pensava como apesar deste blogue tratar de plantas e jardinagem, a verdade é que muitas vezes ando entretido a jardinar e até me esqueço de retratar as coisas aqui. Apesar olhar para trás nestes três anos e gostar bastante naquilo que o blogue se tornou, a verdade é que a ideia inicial do blogue foi mais essa, a de ir dando conta do que vou fazendo, e depois claro, também aproveitar para divulgar sítios que visito, sejam jardins históricos, parques ou outros eventos que se possam inserir no espírito do blogue. E se o pensei, melhor o fiz!
Domingo de Outono, de aguaceiros fortes, pouco propício a ir dar uma volta, e vai daí, depois de almoço resolvi ir dar um jeito nas estrelícias que estão em frente da casa. E a verdade é que, neste ano de 2016 as áreas ajardinadas de casa estão a precisar de muita manutenção, porque o tempo tem sido pouco para tudo. E lá está, outro tema que poderia tratar aqui um dia - como organizar a manutenção do jardim mediante o tempo que temos?!
Sim, é verdade, o dia esteve muito chuvoso, até é domingo, mas lá iam havendo algumas abertas, e depois também é verdade, eu não me preocupo muito com a chuva, pelo menos se a temperatura até está amena, como é o caso.
Como tal mãos à obra! Isto era o que me esperava:
Como se pode ver o descuido é imenso. A relva já trepa pela estrelícia acima e todas as flores velhas deste ano não foram cortadas.
Então a primeira tarefa era cortar todas aquelas guias de graminha para deixar à vista a planta. Primeira ferramenta necessária tesoura-de-relva e a coisa já ficou assim:
Bem, já se consegue ver alguma coisa! Ora, aproveitando que estava com a tesoura na mão, vai daí resolvi cortar toda aquela relva que já sai dos limites do canteiro:
Seguidamente fui então tratar da estrelícia. Primeiro conselho, já experienciado por mim, sei do que estou a falar. Cuidado com possíveis ninhos de vespas. Elas gostam de fazer os seus ninhos nas costas das folhas, bem ocultos no meio de tanta folha e de tanta haste ao alto. O que eu faço, quando vou aparar o relvado na primavera (depois de meses sem o fazer) é pegar na mangueira e borrifar por cima da planta, se houverem por ali vespas elas denunciar-se-ão fugindo. Eu já fui picado por elas, quando comecei a cortar a relva, e a partir daí, casa assaltada trancas na porta, passei a ter bem mais cuidado!
Comecei então primeiro por cortar todas as hastes que deram flor e estavam secas:
Cortados todos estes castanhos das hastes, fui cortar algumas folhas, também elas acastanhas, porque no inverno, cai muita geada nas zonas mais expostas do terreno. E eu não protejo as estrelícias como vejo algumas pessoas fazerem, colocando umas barracas. Não gosto de ver, não sei que me parece. É verdade que elas sofrem um bocadinho, mas não morrem, mas claro, algumas folhas acabam por ficar acastanhadas.
Depois também é preciso cortar as folhas dos novos filhotes que se vão propagando e que tombam para o lado e até dificultam a passagem do corta-relva. E se todos estes trabalhos são muito simples de se fazer, qualquer pessoa faz, cortar as folhas já é preciso tomar atenção, porque em cada folha vai nascer uma haste com uma nova flor. E esses rebentos sendo cortados, serão menos flores que teremos a florir. Na imagem abaixo pode-se ver que fiz um pequeno corte para se ver, e deixei uns centímetros acima do novo rebento:
E pronto, em cerca de duas horas, não úteis mas sim por entre os aguaceiros da chuva, que por vezes era bem grossa, lá deixei o trabalho adiantado. Da poda e da relva junta-se um monte de resíduos orgânicos, que vão claro, para o compostor.
E já todo molhado, era tempo de arrumar as coisas, tirar a roupa e ir tomar um banho quente.
Antes:
Depois:
Claro que ficou a faltar dar uma aparadela à relva, mas como sabem, não se corta o relvado molhado, muito menos a chover e pior ainda quando o corta-relva é elétrico! A meio da semana trato disso. disso, e da outra estrelícia que está do lado esquerdo!