segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Máquinas de Jardinagem: O Escarificador

Já anteriormente falei aqui da importância da escarificação do relvado. No entanto, a minha experiência, que é alguma, mas resume-se à graminha Santo Agostinho (Stenotaphrum secundatum) que é o que tenho nas áreas relvadas de casa, isto apesar de ter propagado um pouco de São Carlos, e que por certo mais adiante falarei dela e das diferenças entre ambas. 

Mas se arejar o relvado e remover toda aquela palha que fica acumulada num relvado fino, é importante, não tenho dúvidas que mais importante ainda será, no caso de quem, como eu, tem relva graminha, pois ela continuará sempre a crescer uma por uma doutra, tornando o relvado muito alto e esponjoso, fazendo com que as pessoas, ao pisarem-no, tenham aquela sensação de quase se enterrarem nele. 

E eu até tinha, como mostrei na altura, um escarificador manual, que poderá ser muito eficaz no caso de relvados finos mas no meu caso é impensável escarificar grandes áreas com aquilo. Faz-se dois ou três metros quadrados e já se fica exausto. E como o meu corta-reva é elétrico, apesar de ter 1800W de potência, não tem força suficiente para eu poder fazer um corte bastante baixo e tentar assim dessa fora contornar o problema.

Ponderei e refleti um pouco acerca da compra de um escarificador a gasolina e equacionei vários fatores. Antes de mais, um bom escarificador novo, é bem mais caro que um corta-relva e custa sempre de 600€ para cima. Não é um investimento barato, tendo em conta que se usar o escarificador uma, duas vezes no máximo por ano. É muito dinheiro para tão pouca utilização.

É verdade que também podemos comprar escarificadores a gasolina por 300€, mas o que diferentes pessoas me disseram foi que: "Fuja de comprar equipamentos da Einhell"! e como tal, assumi essa informação como boa.

E numa loja da especialidade disseram-me mesmo: "Ninguém compra estas máquinas, nem os jardineiros, porque eles preferem alugar, porque não lhes compensa, só mesmo se tiveram muitos relvados para escarificar". E alugar uma máquina destas seria para mim outra opção. Na Leroi Merlin podemos, por exemplo, alugar um escarificador a gasolina por 35€ ao dia. Mas a loja mais perto que tenho e que aluga (não são todas) teria de fazer 160Km para o ir levantar e depois entregar. Ou seja, a brincadeira nunca que ficaria por menos de 50€.

Comecei então a pesquisar também no mercado dos usados e vi um equipamento que me interessou, apesar de claro, o preço não ser muito convidativo, mas era pegar ou largar, e decidi-me a comprá-lo.




É um escarificador com motor da marca americana Briggs & Stratton que equipa muitos modelos de marcas conceituadas de corta-relvas e escarificadores e tem uma fresa que permite um trabalho com uma largura de 46cm.

Depósito de gasolina cheio, foi meter mãos no volante e começar a trabalhar com ele. Primeiro é sempre precisa alguma adaptação à máquina. O puxar o ar, o acelerador, ver como ela reage e ver qual a melhor altura para remover só o suficiente, pois se o colocarmos baixo demais, podemos arrancar a relva toda, e obviamente não é isso que se pretende. E depois, perceber rapidamente que, cada linha que fazia no relvado, logo enchia o saco com palha! Mas depois, como achei que o relvado ainda não estava bem limpo, passei uma segunda, e aí, ainda mais palha saiu! Sem exagero, devo ter retirado do relvado cerca de dois metros cúbicos de palha!

Vejamos aqui um exemplo num pequeno canteiro que tenho junto à casa:


Depois de passar o escarificador:



E veja-se só neste bocadinho a quantidade de palha que a máquina remove:

Já sabemos que após a escarificação o relvado fica com mau aspeto, pior em algumas zonas onde a máquina foi um pouco mais fundo:


Como me diziam numa loja da especialidade, este é um equipamento que ninguém compra por ser caro. E então as pessoas limitam-se a cortar a relva. Mas se queremos um relvado bem cuidado e com bom aspeto, fazer a escarificação é essencial para o conseguir. O relvado precisa ser arejado e limpo de toda esta palha que fica acumulado, que impede que a adubação e até a rega sejam convenientemente absorvidos.

E se comprar novo é muito caro, temos sempre a opção de comprar usado ou alugar.


domingo, 29 de outubro de 2017

Folhado-comum

Creio que a primeira vez que me pus a observar um Folhado-comum (Viburnum tinus) um arbusto autóctone daquilo que já a nossa floresta, foi na Mata Nacional dos Sete Montes em 2013. E foi este ano, no dia do pai, que comprei um pequeno vaso que está agora em flor, e ainda tem também um pequeno fruto. Talvez o vá plantar brevemente no jardim. 



sábado, 28 de outubro de 2017

Zebrina

Não tenho por hábito adquirir plantas herbáceas. Mas recentemente troquei algumas plantas com uma senhora, e ela deu-me também algumas estacas desta Tradescantia zebrina que, depois de plantadas, rapidamente começaram a crescer. 






Como se pode ver trata-se de uma planta muito decorativa, brilhante e prateada, de folhagem pendente. Ideal para colocar em espaços mais sombreados, e pode também ser usada como planta de interior. Deve-se cultivar em solo fértil e com alguma humidade, e como se trata de uma planta tropical, evitar o frio e as geadas. 

sábado, 21 de outubro de 2017

Tentar Salvar a Planta do Escritório

Foi há pouco mais de um ano que decidiram comprar uma planta para colocar na nossa sala-expositor dos equipamentos que comercializamos. Acho fica sempre bem colocar uma planta nas empresas, dá sempre aquele toque natural, mais acolhedor. E trouxeram uma Dracena marginata também conhecida por Dracena-de-Madagascar.  A escolha é apropriada, visto ser uma das plantas muito usada em escritórios e empresas. O vaso era composto por três finos troncos (três estacas enraizadas) de diferentes alturas, com folhas bastante verdinhas e com o seu típico contorno da folha em tons de vermelho escuro e custou 20€.


Só que, aos poucos, comecei a ver que a planta não estava a dar muito bons sinais de vitalidade. E com o passar do tempo, primeiro apodreceu um tronco e depois outro, e acabou mesmo só por ficar o tronco mais pequenino. A meu ver, e tentando fazer uma espécie de diagnóstico, o problema foi que a planta foi regada em excesso, e isso via-se quando retirei os troncos apodrecidos, que o solo estava como uma espécie de esponja cheia de humidade. Mas há mais, quando ultimamente olhava de passagem para a planta, viam-se umas pequeninos pelos brancos, sinal evidente para mim, que estaria a ser atacada pela temível cochonilha-algodão.


Como não fui eu que comprei a planta, nem era responsável por ela, nem sequer trabalhava naquele espaço da empresa, e apesar de ter dito para terem cuidado com as regas e perceber que a planta estava a morrer, nunca que interferi. Até que ontem a minha colega que estava agora incumbida de a regar, falou comigo se não deveríamos mudar a terra à planta e eu logo concordei que sim. Falou-me se eu podia levar terra, e mudávamos lá na empresa, mas não me pareceu nada prático. O melhor, disse, era eu mesmo trazer a planta e mudá-la em casa e levá-la, de novo, para a empresa na segunda-feira. 

E logo percebi que estava, tal como parecia, infestada de cochonilha-algodão. Ali metidas entre a base das folhas e o tronco, sugando a planta e também no olho dos novos rebentos. Ao retirar a terra, percebi também que já tem cerca de metade das raízes apodrecidas, e resta só outra metade, de aspeto ainda saudável. Removi, com auxílio de uma agulha, as cochonilhas, e limpei bem. Depois mudei a terra e vamos ver se ainda vai ser possível salvá-la ou não.  

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

3a Exposição / Venda Internacional de Orquídeas de Lisboa


A 3ª Exposição Internacional de Orquídeas de Lisboa, organizada pela Associação Portuguesa de Orquidiofilia, pode ser visitada entre os dias 10, 11 e 12 de Novembro, no Mercado de Santa Clara, em Lisboa. A entrada tem um custo de 2€, por dia.

domingo, 15 de outubro de 2017

Petição: Lixo Não é Água

A notícia vem no jornal DESTAK de sexta-feira, e diz-nos que a DECO PROTESTE lançou uma campanha on-line para obrigar as câmaras municipais do país, a deixar de indexar diretamente a cobrança de resíduos no volume de água consumido. 




Este sistema de cobrança pode ser muito prático mas não faz qualquer sentido. É completamente injusto e não está a premiar quem tem um comportamento ambiental responsável e sustentável. Não premeia quem separa os resíduos e/ou quem faz compostagem, e por outro lado prejudica automaticamente as pessoas. Tabela todos por igual, como se ninguém tivesse comportamentos ecológicos e responsáveis. 

Por exemplo, no meu caso. Tenho uma área razoável de jardim que tem de ser regado quase todos os dias, manhã cedo ou ao fim da noite, visto que este ano quase não tem chovido e está tudo seco, mas eu nem sequer faço as refeições em casa e consequentemente quase não tenho qualquer consumo de eletricidade nem produzo quaisquer resíduos porque faço compostagem com os restos do jardim! Ou seja, todos os meses penalizam-me na fatura da água, por aquilo que eu não estou a fazer, o que é uma verdadeira aberração. Por outro lado isto só acarreta que as pessoas se revoltem e se desmotivem a fazer a separação dos resíduos, porque ser ambientalista e defender a Natureza é muito bonito, mas ninguém gosta de ser feito de parvo. E por isso mesmo eu já assinei a petição, que vais estar disponível até 30 de Novembro:



domingo, 8 de outubro de 2017

Cores Outonais





 Nos diospireiros da Casa Allen

Susto no Jardim

Andava eu a limpar um recanto do jardim, e eis se não quando, assusto-me, porque toco em qualquer coisa que se mexeu! E o que é que era? Um sapo! Ele estava bem escondido, quase enterrado, numa zona de muita folhagem , por debaixo de um Pittosporum tobira. Depois do susto inicial, peguei na máquina fotográfia que tinha comigo, e tirei-lhe algumas fotografias. No dia seguinte já não estava no sítio onde o encontrei, mas provavelmente não deveria andar longe.