domingo, 27 de maio de 2018

Jardim Botânico de Lisboa

Num dos dois dias que estive por Lisboa, dediquei a tarde a visitar dois jardins. Atendendo que estava na baixa da cidade, e visto que não tinha feito grande trabalho de casa de pesquisa, resolvi desde logo começar por visitar o Jardim Botânico. 
Apanhei o Metro até à Avenida e de mapa na mão comecei-me a deslocar para o espaço do Jardim Botânico, e esta foi a primeira entrada que encontrei, mas que se encontra fechada, porque, digo eu, a bilheteira fica na Rua da Escola Politécnica. 

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As minhas expectativas estavam bastante elevadas, afinal, ia visitar um jardim botânico da capital, e ainda por cima até tinha de pagar para entrar, ao contrário, por exemplo, do que acontece em Coimbra e no Porto que são espaços de fruição livre. 

Chegado à bilheteira, a pessoa diz-me que "é só virar à direita" mas depois percebi que, fruto de algumas vedações dentro do espaço (que parece que ainda está em obras) deixei de poder visitar toda a zona nas traseiras do Museu de História Natural designada por Classe. Isto porque, ao contrário de alguns turistas estrangeiros, não quis atravessar as vedações, porque se ali estavam seria para não as atravessar, certo? Mas então se o espaço ainda está em obras, então, digo eu, não ficaria nada mal que se esperasse pelo fim das obras para começar a cobrar 3€ pelas entradas,  ou então deveria-se informar convenientemente os visitantes para que estes não ficassem com a visita só pela metade.

No mapa podemos observar as duas áreas distintas: o arboreto e a classe:

E via Google Maps podemos observar toda a zona verde do Jardim Botânico de Lisboa:


Passemos então à visita propriamente dita do arboreto.

À entrada, numa zona relvada, uma roseira "Bela portuguesa" com uma placa, fazendo referência ao seu criador Henri Cayeux, que foi Jardineiro Chefe do Jardim Botânico entre 1892 e 1909.  





Logo à entrada chama a atenção o enorme dragoeiro (Dracaena draco) endémica da região Macaronésia (Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde). Trata-se de uma espécie que pode viver centenas de anos e crescer a mais de 15m de altura, mas que se encontra ameaçada por perda de habitat, mas principalmente pela sua utilização intensiva no uso do "sangue-de-dragão" (resina de cor avermelhada).


E esta é uma zona onde podemos ver suculentas, catos e grandes yuccas.



Estátua do médico e botânico Bernardino Gomes



Cicadófitas


Hibisco




Anfiteatro

Lago


Grinalda-de-noiva (Spiraea cantoniensis)

Paineira branca (Chorisia speciosa)



Gostei, mas sinceramente, fruto das elevadas expectativas, esperava algo melhor. Cá fora estive à conversa com um senhor já de idade que me disse que o Jardim esteve abandonado durante muitos anos, algo que me parece incompreensível. Depois, quando cheguei a casa e percebi que não tinha visitado uma parte do jardim fiquei um pouco frustrado. 



P.S. E reparei agora que esta é a publicação 500 do blogue!

sábado, 26 de maio de 2018

Salamandra bebé

Foi muito curioso. Ainda de manhã a minha vizinha comentava que o filho tinha encontrado salamandras lá no terreno, e de tarde, quando eu andava a varrer o passeio da casa, de repente, vejo uma pequenina salamandra bebé em cima de uma folha de magnório. Espero que não a tenha magoado com a vassoura. Depois de a fotografar, coloquei-a delicadamente debaixo de uma tangerineira, onde tem folhada, e minutos depois reparei que ela já lá não estava, o que será um bom sinal. 



Que Praça tão Inóspita... sem uma única Árvore

Um curto fim-de-semana por Lisboa a passear. Há dezoito anos estive por lá dois meses, mas como à sexta-feira tinha de voltar para norte, basicamente só conheci as estações de Metro e os maiores centros comerciais onde ia fazer compras. 

Fiquei alojado na zona da baixa e fui dar o passeiozinho de turista, a pé, descendo da rua Augusta até chegar à Praça do Comércio e avistar o rio Tejo e a ponte, lá ao longe. 

Subi o Arco da rua Augusta e, lá de cima, avistava toda a praça, salpicada de turistas que pareciam formiguinhas andando de um lado para o outro. A praça é todo um enorme espaço completamente cimentado. Não tem um bocadinho de terra à vista, não tem uma única árvore, um bocadinho de sombra que seja, tirando claro, os toldes das esplanadas. 

Praça do Comércio

Rua Augusta

Rio Tejo, Ponte 25 de Abril e Cristo Rei

domingo, 20 de maio de 2018

Parque Florestal de Amarante

"Há um parque junto ao rio Tâmega, onde há corvos, esquilos, árvores centenárias e uma ilha dos amores."


Foi graças a esta frase, que ouvi num programa de rádio (na TSF) que me desloquei a Amarante, especificamente para visitar o Parque Florestal em 2011 (dois anos antes de ter criado este blogue). 

O Parque Florestal de Amarante, é um espaço bucólico por excelência. Fresco, ideal para um passeio, para descansar, para refrescar na água do rio ou para apreciar imponentes espécies da flora, como sequóias, ginkgo bilovas, tílias, plátanos, bordos, etc.

Começou a ser plantado em 1916, por iniciativa de António do Lago Cerqueira (ex-presidente da câmara) tendo como objetivo a florestação da Serra do Marão e da Serra da Meia Via.

O parque fica a uns trezentos metros, a jusante da Ponte de São Gonçalo:

Ponte São Gonçalo - Rio Tâmega - Amarante


Quando o rio está com pouco caudal, podemos atravessar de um lado para o outro. Não foi o caso de quando lá estive há duas semanas.









Flor - Castanheiro-da-Índia (Aesculus hippocastanum)




















O parque tinha também algumas aves, que ali estavam expostas fruto de apreensões da polícia, mas nesta minha última visita já não vi nenhum animal. Provavelmente passarão a ser entregues a algum centro de acolhimento visando a sua libertação, mas isto é mera especulação da minha parte. Em 2011 ainda por lá vi gaios e corvos:



Vista aérea no Google Maps: