terça-feira, 30 de agosto de 2016

Parque das Ribeiras do Rio Uíma

As zonas húmidas e os espaços ribeirinhos têm sido habitados desde as primitivas civilizações devido elevada produtividade desde ecossistemas e aos numerosos serviços que fornecem, tais como, alimentos, água e matérias primas. A exploração destes recursos modificou as características  naturais do meio de acordo com as necessidades humanas. Os rios e as zonas húmidas estão entre os ecossistemas mais ameaçados do mundo, por poluição e destruição destes espaços. No entanto, onde existem, albergam um legado de elevada importância biológica e cultural.



O parque das Ribeiras do Uíma estende-se ao longo de uma área de cerca de seis hectares, que combina vários sistemas de zonas húmidas, terrestres e ocupação humana formando uma extensa várzea. Situado num vale encaixado entre as povoações de Fiães e Lobão, caracteríza-se pelo extenso bosque paludoso de amieiros e bosques de salgueiros. Aqui podem observar-se espaços muito ricos ao nível da diversidade de habitats, albergando um grande número de espécies vegetais e animais.




Com a valorização das margens do Rio Uíma, nomeadamente com intervenções de preservação da biodiversidade e conservação do corredor ecológico, criaram-se condições para observar de perto os habitats naturais.




É posssível neste espaço realizar percursos pedonais, numa extensão de cerca de 2Km, com interpretação de ecossistemas ribeirinhos com estatuto de proteção, e observar os ciclos de transformações anuais e sistemas humanizados.



Domingo passado, estive em dois parques que dão especial atenção aos ecossistemas aquáticos. Um de forma artificial, que falarei por certo dele mais à frente, e este que pretende preservar o que já existe de forma natural.









Vai-se descobrindo este Parque das Ribeiras do Rio Uíma, ao longo de um passadiço de madeira, junto dos cursos de água, ladeados por grandes árvores, e aqui e ali um ou outro terreno agrícola. Vi, por exemplo, vários campos de milho.

















É uma passeio bastante agradável, ainda que, neste domingo de manhã, quase toda a gente que por ali passava, andava a fazer exercício, nomeadamente caminhada ou corrida. E diga-se que, grupos de vários elementos, a fazer corrida, em cima de um passadiço de madeira, o barulho ao longe que faziam era quase como se de uma manada de animais se tratasse. Pruz pruz pruz... já sem falar das pessoas que andavam a passear os seus animaizinhos de estimação, algo que, quem se dá ao trabalho, como eu, de ver as regras, e que estão bem explícitas nas várias entradas do parque, saberia que é proibido. 

Mas a culpa deste tipo de fenómenos, não é só das pessoas, que como sabemos, os portugueses em particular não são de cumprir o que quer que seja. Não se interessam, não lêem, e se lêem estão-se a borrifar. Mas neste caso eu culpo também a câmara municipal ou junta de freguesia, que ali colocou também vários equipamentos de exercício físico, junto a um dos estacionamentos, como que chamando as pessoas para a prática desportiva. E, não se pode, por um lado, alertar e proibir certos comportamentos, como o de não fazer ruído e proibir animais de estimação para não importunar a biodiversidade envolvente, e depois instalar ali equipamentos desportivos incentivando à pratica desportiva. Por vezes tem que se tomar decisões e não se pode mesmo querer o melhor de dois mundos. 

E logicamente que, com as várias manadas de corredores que ali andavam às voltas, era difícil que conseguisse observar o que quer que fosse pois os animais escondem-se. Quem sabe lá voltarei outra vez, escolhendo desta feita um outro dia, que não um domingo de manhã, porque na verdade gostei deste ambiente bucólico aquático.

sábado, 13 de agosto de 2016

Suculentas em Flor - Orbea variegata

Uma das flores mais espetaculares de todas as suculentas que se assemelha a uma Estrela-do-Mar.





Bonsai Ulmeiro - Poda de Manutenção

Os meus bonsais têm andado um pouco negligenciados. Agora que estamos em pleno verão, e a atmosfera, mesmo à sombra, é extremamente abrasadora, temos de regá-los quase todos os dias. É preciso também, desde a primavera proceder à adubação, e ir fazendo uma poda de manutenção, para que a pequena árvore vá mantendo aquele mesmo perfil. 



E nem de propósito já há algumas semanas que uma amiga me perguntava como se podam os bonsais, porque um tio tinha um e não sabia muito bem como fazer. E na verdade, apesar deste tipo de procedimento ser extremamente simples, será, sem dúvida das tarefas mais apresentará mais dificuldades a quem se inicia no bonsai. Regar é facil, adubar é fácil, podar e transplantar para outro vaso será das tarefas aparentemente mais complicadas. 

Mas também não tem de ser um bicho de sete cabeças! 

Há muito que o meu ulmeiro (Ulmus parvifolia) que fez este ano quinze anos que está comigo, precisava de ser podado. A brotação do ulmeiro começa em meados de janeiro, e nas semanas seguintes, depois de ter perdido quase as folhas todas no inverno, ficará repleto de pequeninas novas folhas verdes. Mas ao longo dos meses, todos os novos rebentos irão crescer, ocultando a silhueta da árvore, e precisam ser cortados.

E esta poda pode ser feita durante todo o ano, sempre que os novos rebentos saiam fora da estética da árvore. Por analogia, é mais ou menos como com os cortes de cabelo, quando a pessoa acha que o cabelo está um pouco grande, a pessoa vai cortar, para manter o mesmo aspeto de sempre. Então nos bonsais a isso chama-se poda de manutenção. 



No caso do ulmeiro (atenção que muitas vezes diferentes espécies têm regras diferentes) quando estes novos rebentos têm uns dez centímetros de comprimento, cortámo-los, deixando só duas ou três folhas e adotámos este procedimento por toda a árvore. 



Visto que esta é uma tarefa de alguma paciência, eu aconselho a que façamos a poda ao bonsai, estando relaxados, sem pressa e com a cabeça livre de pensamentos negativos, para não corrermos o risco de descarregarmos as nossas frustrações na pobre árvore. Para quem se está a iniciar pode parecer uma tarefa complicada, mas acreditem que sou um mero aprendiz, fazer uma poda de manutenção é uma tarefa muito simples.

domingo, 7 de agosto de 2016

Sempre-vivos em vaso de Bonsai

Há quem lhes chame plantas da trovoada por nascerem nos telhados e por antigamente se acreditar que protegiam das trovoadas. O nome comum de sempre-vivos (Sempervivum) por isso mesmo, por serem extremamente resistentes e se darem em qualquer sítio. 






Como tenho alguns vasos de bonsai livres, resolvi ali colocar estes sempre-vivos. Já tinha há algum tempo visto esta ideia e decidi replicá-la porque acho que resulta bem.



Apesar de muito resistentes, de se darem na argila das telhas dos telhados, eu mesmo já vi a cochonilha-algodão a matar-me esta mesma espécie. Observei as folhas a secar, levantei a roseta e verifiquei que estava pejado destes insetos brancos que podem causar grandes estragos. Lembro por exemplo o bonsai de azevinho que acabaram mesmo por me matar.



Será este ano que tenho romãs?

Desde que plantei a minha romãzeira em janeiro de 2009, que esta nunca deu fruto. Dá sempre muitas flores mas estas acabam sempre por cair ao chão. 



Pela primeira vez vejo frutos a formarem-se. Será que é desta? Só esperando para ver. 
As romãzeiras têm flores masculinas e femininas, mas dizem que tendo outra árvore por perto aumentará a frutificação. O meu vizinho tinha uma, que cortou, e dava imensas romãs, e não havia outra nas redondezas. 

Já passaram sete anos e para já nada. Veremos se será este ano. Entretanto também tenho mais duas romãzeiras de bom tamanho que propaguei desta mesma árvore. 

# Diário de uma romãzeira