quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Cerca do Mosteiro de Tibães

Do passeio de sábado passado, que começou com a primeira paragem em Barcelos para uma rápida visita de duas horas ao centro histórico, teve o segundo capítulo no Mosteiro de Tibães. As indicações certeiras do feirante, a quem comprei as taças de barro ajudaram bastante. Lá segui as indicações que me deu, em direção a Areias e Pousa, já depois de atravessar o Cávado, mas depois decidi ligar a geringonça do GPS, e acabei por chegar ao mosteiro mas por ruas que nem lembravam ao diabo!

O meu interesse neste espaço prendia-se quase em exclusivo com a Cerca, algo de único, pois trata-se da maior cerca monástica preservada em Portugal. Estamos a falar de quarenta hectares, de mata, hortas e jardim barroco. Claro que a visita ao mosteiro também terá muito interesse, mas para mim, que não sou religioso e que me choco com a ostentação da igreja enquanto o povo morria de fome, era mais secundário, mas para quem gosta de arte sacra certamente achará a visita ao mosteiro muito interessante.   

O dia estava especialmente quente, e mal entrei no espaço do mosteiro, que se vê lá ao longe, resolvi estacionar logo ali, à sombra de dois grandes sobreiros e em frente do imponente cruzeiro, apesar de estar a quase duzentos metros da entrada do mosteiro, mas até lá, estranhamente não há árvores com porte suficiente para fazerem sombra.

Cruzeiro de Tibães (Monumento nacional - Séclo XVI)

À entrada foi o segurança que me forneceu um folheto, com as informações do espaço e com o mapa dos dois percursos da cerca, porque à hora de almoço a receção encontra-se encerrada. Quanto aos dois percursos, um mais pequeno, sinalizado a verde, de quarenta e cinco minutos, e o maior, a vermelho, com a duração uma hora e meia. 










Eu acabei por deambular por ambos os percursos, o dia estava muito quente, ainda por cima era início da tarde, mas estava-se bem quando se andava à sombra, abrigado no denso arvoredo.






Nenúfares


Fonte de São Bento




Escadório com sete fontes trabalhadas


Loureiro e Gilbardeira

Solo coberto por heras, e que bem que se estava aqui ao fresco


Planta (trepadeira?) desconhecida




Capela de São Bento (Setecentista)


Interior da capela

Azevinhos a ladear o caminho


Caixa-ninho para morcegos


Aqueduto 


Lago






Claustro





Como já referi a zona da cerca é imensa, o equivalente a caminhar por quarenta campos de futebol, repleto de diferentes espécies da nossa flora, como os azevinhos, medronheiros, loureiros, aveleiras, bordo (Acer pseudoplatanus), gilbardeiras, carvalhos, heras. 
É um espaço que depois de anos ao abandono está em recuperação, aliás o próprio mosteiro está em obras, e a cerca e os jardins e a mata, séculos depois, chegaram aos nossos dias, e são um dos belos jardins históricos portugueses que merecem uma visita. 

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