sábado, 14 de setembro de 2013

O meu primeiro compostor

O meu primeiro compostor nasceu ontem! É verde, cheio de pequenos orifícios no fundo e tem um apetite voraz por relva acabada de cortar e folhas secas!

Compostor oferecido pela LIPOR

Não, eu não descobri as maravilhas da compostagem caseira por estes dias. Já faço compostagem há vários anos sem a obrigatoriedade de ter um compostor todo bonitinho! Até agora juntava os restos do jardim (relva, restos de podas, folhas secas) numa pilha e tinha o problema resolvido. A pilha tem as suas vantagens porque podemos revirá-la com toda a facilidade, e um dos segredos para acelerar o processo é ir remexendo tudo frequentemente. Mas também tem as suas desvantagens. Por não ser coberta e estar a céu aberto, os melros adoram remexer e espalhar bocados,  o que implica que tenha de andar sempre a voltá-los a colocar no sítio, e enquanto isso não acontece, não estão na pilha a aquecer e decompor.

A compostagem nada mais é que um processo mais refinado das antigas pilhas de estrume que ainda se fazem na aldeia e que depois são usadas para fertilizar, por exemplo, na plantação da batata. O problema das pilhas de estrume é que vão todos os restos da cozinha, a chamada lavagem dos porcos, o que originará além do mau cheiro, que toda uma série de animais lá vão comer. Só que nas aldeias as pessoas colocam as pilhas relativamente afastadas das casas e depois juntam mato para cobrir e tapar e ajudar a decompor, mas na compostagem caseira a coisa é um pouco diferente. Na compostagem caseira não se colocam restos de comida, precisamente para evitar qualquer cheiro, nem que atraia animais ou insetos. É um processo limpinho, limpinho, limpinho!

Este meu primeiro compostor foi-me oferecido pela LIPOR, empresa que faz a gestão e valorização dos resíduos dos municípios do grande Porto. Já há muito que sabia que eles têm uma iniciativa em que as pessoas do grande Porto são convidadas a fazer uma formação gratuita sobre compostagem caseira, e comprometendo-se em fazer compostagem caseira durante pelo menos um ano, é-lhes atribuído um compostor. Eu já havia feito a formação há cerca de dois anos, mas só agora me foi entregue o compostor, porque segundo me foi transmitido, por problemas com a empresa fornecedora dos mesmos.

Neste processo ganham todas as partes. Desde logo o ambiente, pois todos os resíduos domésticos de todas as pessoas que vão para os compostores deixam de ir para o caixote do lixo e consequentemente para aterros sanitários. Depois as pessoas que que aderem ao projeto têm uma formação, que é sempre interessante pois é mais conhecimento, e no final têm o incentivo de receber o compostor gratuitamente, para começarem de imediato a colocar na prática os conhecimentos adquiridos, o que é sempre simpático. 
E têm ainda outra vantagem, que é,  no fim do processo de decomposição têm ali um adulo orgânico de elevada qualidade, para usar como fertilizante para as plantas do jardim ou até para servir de substrato para vasos.
Eu estou muito satisfeito com os resultados que tenho obtido da minha compostagem. Consigo quantidades muito razoáveis de restos do jardim, e este ano, assim por alto consegui à volta de 200L de composto pronto.

Composto pronto


Depois de crivado e pronto a armazenar
Tenho neste momento uma pilha relativamente grande - e já tenho novas ideias para um compostor improvisado por mim - e tinha uma segunda pilha, mais pequena, da qual retirei parte para encher completamente este compostor. 

Este compostor tem capacidade para 280L o que para mim é muito pouco, acho que precisaria de uns cinco compostores destes!! Mas já é uma boa ajuda, até porque conforme a matéria orgânica se vai decompondo vai abatendo, e libertando espaço para mais restos. 
Decidi colocá-lo para já debaixo de um dos azevinhos gigantes que tenho, dá quase sempre sombra, acho não está mal. Para já ficará ali.

Escotilha para retirar o composto pronto

Tampa superior
Além do compostor é entregue também um pequeno balde para encher com os restos da cozinha:


Voltarei provavelmente a falar de compostagem assim que tenha pronto o compostor desenhado e construído por mim, algo tão complexo e elaborado que até uma criança o poderia fazer!





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